Brasília (2 de outubro) – A balança comercial apresentou em setembro superávit de US$ 5,2 bilhões, o que representa saldo comercial recorde pelo oitavo mês consecutivo. Os resultados das exportações e importações, no período, que tiveram crescimento de 24% e 18%, respectivamente, são os maiores para meses de setembro dos últimos três anos.
Com isso, o acumulado do ano é o maior superávit da série histórica, iniciada em 1989, chegando a US$ 53,3 bilhões. O saldo é recorde tanto para os primeiros noves meses do ano quanto para os anos fechados. O maior superávit anterior para o período havia sido registrado em 2016.
Os recordes sucessivos durante o ano de 2017 devem provocar uma revisão nas projeções para o ano, segundo o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Abrão Neto. A estimativa de encerrar o ano com superávit de US$ 60 bilhões, segundo ele, deve ser elevada.
“Temos um superávit com crescimento tanto das exportações quanto das importações. Pelas exportações, verificamos crescimento não só do valor, mas também das quantidades exportadas, em todas as categorias de produtos, além de aumento no número de empresas exportadoras”, observou Abrão.
Setembro
O nono mês do ano teve US$ 18,7 bilhões em exportações, com destaque para o recorde de embarques de soja em grãos, 178% superior ao mês anterior, com um total de US$ 1,6 bilhão. O período também apresentou grandes volumes de vendas de milho em grão, automóveis de passageiros, máquinas para terraplanagem, motores e turbinas para aviação, entre outros produtos.
As importações no período também tiveram números inéditos. Pelo décimo mês consecutivo, as compras internacionais registraram aumento, o que não ocorria desde janeiro de 2012. É a maior taxa de crescimento desde 2015. “Este é um indicativo positivo de recuperação da economia. Confirmaremos essa tendência nos próximos meses, mas é fato que a média diária de importações vem apresentando crescimentos nos três últimos trimestres”, avaliou o secretário.
Acumulado
No acumulado de janeiro-setembro de 2017, as exportações apresentaram valor de US$ 164 bilhões, um crescimento de 18,7%, pela média diária, em relação ao mesmo período de 2016. O crescimento expressivo foi verificado nas três categorias de produtos. No período, houve avanço expressivo nas vendas de petróleo em bruto (88,5%), semimanufaturados de ferro e aço (51,4%) e óleos combustíveis (101%).
Já as importações somaram US$ 111,325 bilhões, 8,5% acima, pela média diária, sobre o mesmo período anterior. Também houve crescimento de combustíveis e lubrificantes (35,3%), bens intermediários (11,4%) e bens de consumo (5,7%), enquanto que caíram as compras de bens de capital (-18,6%).
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
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